terça-feira, 24 de março de 2009

Na ponta --- letra c; iniciando ci e co


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Ci, Co
Ciclorama. Tela no fundo do cenário, curva para efeito de perspectiva, ou plana para retro-projeção. Pode ser um painel pintado, de pano ou madeira, com paisagens, jardins, ruas, praias e mar, horizontes montanhosos, etc. São comuns cicloramas mostrando como fundo de cena um terraço, principalmente para as tragédias; uma praça pública para uma comédia, e uma paisagem bucólica para cenas campestres. Quando se deseja um fundo neutro, possui uma cor única: branca, preta ou cinza. Uma paisagem retro projetada que se move cria a ilusão de deslocamento dos objetos do palco.

Cortina. Peça, geralmente em tecido, que resguarda o palco. Abre e fecha nas mudanças de ato, e ao fim ou início do espetáculo. Movimenta-se lateralmente, ou sobe e desce por mecanismo apropriado. Também chamada em teatro de ‘pano-de-boca’ e "cortina de boca". Está situada logo atrás da moldura ou boca-de-cena.

Coxia. Seu significado ordinário é de passagem estreita. Nos palcos de teatro, emprega-se para designar a passagem entre os bastidores, para a entrada em cena do ator, ou de onde os que não participam da cena podem observa-la sem serem vistos pelo público. Por extensão, também o espaço estreito ou corredor situado imediatamente atrás dos bastidores.
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God bless,
Melissa Malard.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Semiologia - CENÁRIO e ACESSÓRIO

Cenografia é um tipo de signo externo. O cenário pode ser definidor de características regionais, de nível social, de estilo de decoração... Uma lareira no cenário nos remete a um clima frio. Um lustre vultuoso nos deixa entender que não se trata de uma residência de baixo poder aquisitivo. E por aí vai... A decoração nos diz se o contexto é moderno, rústico, simples, requintado.
Já o acessório em cena pode formar a cenografia ou não. Um chapéu pode ser figurino ou cenário. Uma cadeira pode ter a função de móvel ou ser usada como cenário (foto). Algum elemento do figurino nos dá signos de comportamento (rebeldia, malandragem) região ( nordeste, sul) religião (catolicismo, candomblé, protestantismo), época etc. Até mesmo a cor dos figurinos dá "pistas" importantíssimas ao público. Mas claro que isso depende do contexto e da cultura onde o espetáculo está inserido. Ao levar um espetáulo para o Japão, por exemplo, uma cor pode não ser percebida da mesma maneira que nós, da cultura ocidental, percebemos. Quem está de luto, na cultura oriental, não usa preto, mas branco ou amarelo.
O cenário pode ser usado a nosso favor, enriquecer muitíssimo uma cena e reforçar uma intenção. Porém, mais uma vez fica o alerta: cuidado para não dar leituras equivocadas ao público. Pesquise, estude e use com propriedade esse recurso.
Deus abençoe.
Por Cris Araújo

quarta-feira, 18 de março de 2009

Na ponta --- letra c; iniciando ca, ce

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Ca, Ce

Caixa do palco. Parte do edifício teatral que contem, além do palco propriamente dito, dependências anexas como camarins, espaços de manobra de mecanismos, depósitos de materiais para os cenários da representação em curso, além de um porão.

Camarim. Recinto reservado, próximo ao palco, onde os atores se vestem e se maquilam para a cena, ajudados pelos técnicos das áreas respectivas.

Cenário. Conjunto dos diversos materiais utilizados para criar o ambiente e a atmosfera própria na representação do drama. Compreende painéis, móveis, adereços, bambolinas, bastidores, efeitos luminosos, projeções, etc.

Cenário de gabinete. Cenário de interiores limitados por paredes com portas e janelas, mobiliados como escritórios ou cômodos de uma casa ou apartamento. São ditos "cenários realistas" por reproduzirem no palco o ambiente real em que se passa o drama.
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God bless,
MelissaMalard.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Semiologia teatral - ILUMINAÇÃO




O que é iluminação em teatro? Além de - obviamente - clarear, a luz possibilita criar diversos efeitos. A iluminação tem o poder de criar ambiente e definir emoções. Quando trabalho duas épocas (passado / presente) é legal usar duas cores para separar os dois contextos. Pode-se, de repente, usar focos de luz no rosto de cada personagem em cena, para fazer uma separação ideológica. Ou posso, inclusive, colocar cor na luz (filtros, que chamamos de gelatina, que são colocados em frente ao refletor). Essa estratégia pode ser usada para criar um clima, como no caso de um espetáculo que retrata o nordeste, dando à cena uma nuance vermelho-terra. Às vezes o inverso – black-out total – pode ser extremamente necessário para mudança de cena ou para uma surpresa ao público. Posso usar um aparelho que se chama gobo, uma chapa vazada inserida dentro do refletor de luz, e projetar a figura que eu quero. A sombra de uma árvore projetada ao fundo do palco, por exemplo. A luz pode ser um divisor de hierarquias, pode ilustrar autoridade de um determinado personagem ou reforçar uma relação (o pai ditador bem ao centro da cena e a família submissa em volta). Enfim! Uma série de efeitos pode ser obtida se soubermos lançar mão dos recursos certos de iluminação. Se você tiver a oportunidade de pesquisar mais sobre o assunto, se tiver espaço e grana para investir em iluminação em seu ministério (melhor pra Deus né galera!), certamente seus espetáculos serão muito mais ricos e impactantes. Que você tenha excelentes idéias, sendo iluminado antes de tudo pelo Espírito Santo de Deus.

Por Cris Araújo

quarta-feira, 11 de março de 2009

Na ponta ---letra b


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B
Bambolinas. Faixas de pano ou placas de madeira verticais suspensas transversalmente sobre o palco, destinadas a ocultar dos espectadores os equipamentos de iluminação, as varas de sustentação e o trabalho dos técnicos nas estruturas elevadas durante a representação, e o topo do pano de fundo ou rotunda.

Bandô. Faixa de pano franzido ou peça de madeira que esconde o trilho ou vara que sustenta a cortina da boca de cena. Geralmente franzida, é também chamada lambrequim, por lembrar a barra de madeira recortada em desenhos que tinha esse nome, e era usada como ornamento no beiral dos telhados antigos.

Bastidores. Pares de painéis verticais retangulares, de madeira e pano, que escondem do espectador as dependências laterais do palco. Oculto pelos bastidores o ator aguarda seu momento de entrar em cena. São também chamados pernas.
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Até breve,
MelissaMalard

terça-feira, 10 de março de 2009

Na ponta --- letra a


Creio que todo profissional de teatro deveria ter um caderninho com as seguintes anotações:
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A
Abertura. O mesmo que boca de cena. Sua dimensão longitudinal é o rasgo da boa de cena.

Alçapão. Tampa no chão do palco que comunica com o porão. É utilizado para desaparecimento de atores ou de objetos principalmente em números de mágica conduzidos no palco.

Amarração. Fixação dos painéis do cenário por meio de cordas, sarrafos, grampos e outros meios, para dar firmeza e segurança às estruturas.

Americana. Sofita de estrutura reforçada para suportar suspensões (cenários ou cortinas) de maior peso.
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Em seguida, tem mais.. Aguarde!
Melissa Malard.